Com a chegada da nova era da internet, a web 3.0 (ou web3), as recentes tecnologias, como realidade aumentada e virtual, blockchain e NFT se conectam, criando uma verdadeira internet descentralizada. Para as startups, é o momento de mais possibilidades, tanto de criação, quanto de captação de recursos com a ajuda dos usuários. Mas antes, vamos relembrar da primeira versão da internet, a web 1.0.
Da internet à web 2.0

A internet surgiu logo após a Guerra Fria, com o envio do primeiro e-mail, através da ARPANET – Advanced Research Projects Agency Network, em português, Rede da Agência de Pesquisas em Projetos Avançados –, que foi a primeira rede de computadores, construída em 1969, nos Estados Unidos. Inicialmente, ela era utilizada pelos militares, para a troca de dados sigilosos, e pelo departamento de pesquisas das universidades de todo o país. Em 1985, o alcance da internet já era global e o serviço era muito mais utilizado e otimizado pelas universidades e cientistas.
Mas foi só em 1989 que Tim Berners-Lee desenvolveu a World Wide Web (www ou web 1.0) para facilitar o trabalho colaborativo no CERN (Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire). A www é um sistema de distribuição de documentos de hipertexto (HTTP) interconectados e acessíveis por meio de um navegador web conectado à internet.
A web 1.0 se tornou tão popular que em 1991 o sistema foi aberto ao público externo. Em 1997 já existiam 200 mil sites.
Em 2004, a empresa estadunidense O’Reilly Media criou o termo web 2.0 para designar a segunda geração da www, a web como plataforma, com wikis, redes sociais e tecnologia da informação. O termo não fala da parte técnica e, sim, de como os usuários e desenvolvedores enxergavam a internet: com muita interação, linguagens e ideais.
Como as startups podem se beneficiar do metaverso e a web3
Desde o surgimento da internet, a transformação digital não parou e, por mais que ela tenha nascido para ser descentralizada, ela está corrompida atualmente. Muitas empresas centralizam dados em excesso e importantíssimos da sociedade, utilizando-os para manipulação de informações e venda de produtos e serviços.
A premissa da web3 é ser uma internet descentralizada, com nódulos de processamentos espalhados, segura e auditável, onde os usuários detém o controle sobre suas identidades e dados
O metaverso é uma forma de apresentar os conceitos da web3, o que vai ocasionar uma verdadeira disrupção no mundo, principalmente para as startups.
Por conceito, startups são pequenas empresas que estão começando e usam a tecnologia para prestar serviços, possuindo duas características: uma proposta de negócio inovadora e um grande potencial de crescimento. Além disso, elas se destacam por serem ágeis, escaláveis e flexíveis.
Porém, o que acontece hoje é que as startups precisam se encaixar em “caixinhas”, determinadas por fundos de investimento e ecossistemas. Por exemplo: a empresa precisa ser SaaS (Software as a Service), então, ela precisa se encaixar em uma caixinha de produto e crescimento. Só assim, o fundo vai validar a proposta de negócio e fazer o investimento na empresa. E isso acaba prejudicando a parte da inovação, por exemplo.
O que a web3 está proporcionando é que as empresas captem recursos de forma segura, estruturada e descentralizada com a própria comunidade, ou seja, os usuários que tem interesse de verdade no seu produto.
Nesse ambiente, em vez de buscar os fundos, a startup monta o produto, ou a tese, e mostra diretamente para a comunidade. Assim, os usuários interessados podem se tornar investidores dela. Isso é poderosíssimo, principalmente por possibilitar a inovação genuína, algo que os usuários mais buscam.
Assim, se uma pessoa ver o projeto, gostar e investir, a empresa passa a desenvolver um produto muito mais perto do seu usuário final, provocando uma verdadeira revolução.
Conectando posses virtuais no metaverso
Toda essa descentralização e esse direito de posse que temos por meio da blockchain e vários protocolos, permite dar uma forma a esses dados. Não só como um hash token, uma tag que você vê na sua wallet, mas também a forma 3D desse seu NFT dentro do seu jogo, por exemplo. E a ideia de você ter tudo isso descentralizado, mas com ownership, conseguindo mostrar essas conquistas, torna-se uma questão social.
Nossa vida virtual e física se misturam: mostramos parte dela nas redes sociais, mostramos que somos bons em alguns jogos, comprando skins de personagens e outros acessórios…
Para se diferenciarem nos jogos, as pessoas compram roupas raras de personagens ( Com o blockchain é a mesma coisa e quando todos esses dados estiverem conectados e autenticados, é possível juntar isso em um lugar só, onde esse “só” é o metaverso.
Por enquanto, tudo está desconectado. É por isso que aqui na R2U queremos conectar tudo isso no metaverso, garantindo a possibilidade de comprar e vender os produtos do varejo nesse ambiente. Sua loja está preparada para isso?
* Artigo escrito por Caio Jahara, CEO da R2U
A R2U tem a missão de ser single source of truth do varejo. Atualmente, além de utilizar RA em todos os canais de venda, você também pode vender seus produtos através dos filtros do Instagram e, em breve, no metaverso. Fale com a gente e saiba como!