Na Black Friday, o mercado e o consumidor esperam muito mais do que ofertas no varejo online. Ele espera agressividade comercial em ofertas em todos os canais de venda, sejam eles focados ao B2C ou B2B. Na verdade, a expectativa por boas compras, com melhores condições comerciais permeia totalmente o mercado de varejo no Brasil atualmente.
Como o evento surgiu?
Atualmente, uma das histórias mais aceitas é que o termo foi usado pela primeira vez em 1869, durante a corrida do ouro na Bolsa de Nova York. Ele surgiu com uma conotação negativa, após dois especuladores, Jay Gould e James Fisk, terem tentado dominar o mercado do metal precioso.
Foi preciso uma intervenção do governo para corrigir a situação, elevando a oferta da matéria-prima — o que levou a uma queda inesperada dos preços. Com isso, vários investidores perderam fortunas.
O nome só começou a ter relação mais próxima com seu significado atual na Filadélfia dos anos 1960. Segundo consta, essa era a maneira como os policiais da região designavam o tráfego caótico causado pelo movimento de consumidores um dia após o dia de Ação de Graças. O feriado norte-americano abre a época de Natal e ocorre na quarta quinta-feira de novembro.
Os lojistas, em uma tentativa de tornar o termo mais adequado, tentaram mudá-lo para “Big Friday”, porém, o nome não pegou, permanecendo Black Friday.
A Black Friday no Brasil
Desde o seu início no Brasil, em 2010, o evento sempre teve uma ligação muito forte com o mercado online. Foram as lojas virtuais que importaram a ideia americana e que, com o tempo, conquistou todo o comércio do país — físico e eletrônico.
Com o objetivo de vender ainda mais, muitos e-commerces e marketplaces têm antecipado a comemoração, criando, assim, a Black Week: uma semana inteira de ofertas antes mesmo da data propriamente dita. Já outros estabelecimentos vão além, oferecendo promoções especiais ao longo de todo o mês de novembro.
Nesse sentido, a preparação para esse dia deixou de ser um diferencial e passou a ser uma necessidade para as empresas se manterem competitivas no mercado. Quem se preparou desde cedo, sairá na frente nessa corrida.
Insights para uma boa estratégia
A percepção geral do mercado é que este ano teremos a “Black das Blacks”. Ou seja, a maior Black Friday de nossa história, tanto em agressividade quanto em volume de compras. Mas a grande pergunta que fica sempre é: “você está preparado para esse momento?”. Por isso, listamos abaixo insights e dicas importantes que precisam fazer parte de sua estratégia:
1. A Black Friday vai além de um dia
A BF sempre acontece na última sexta-feira de novembro. Mas no Brasil, o impacto é bem mais profundo e abrangente. Muitos varejistas implementam o conceito expandido, usando a Black Week ou o Black November.
2. O consumidor muda completamente o comportamento nesse período
O varejo todo percebe uma aceleração fenomenal nas vendas. De acordo com pesquisa Nuuvemshop, as lojas físicas sentem um aumento de 3,5 vezes nas vendas de sexta-feira da BF, em comparação às outras sextas-feiras. As categorias mais procuradas são: Lojas de Departamento (salto de 143%), Móveis e Decoração (+106%) e Livrarias (+88%).
3. O desconto precisa ser REAL
Desde sua implementação no Brasil, há um grande ceticismo dos consumidores em relação ao real desconto aplicado. É comum todos brincarem de “tudo pela metade do dobro” quando perguntamos se compraram algo com descontos impactantes nesta data. Porém, a atuação dos órgãos de defesa do consumidor, aliada a um consumidor mais protagonista (aquele que pesquisa mais e com maior antecedência), mudou completamente essa triste realidade… e ainda bem! O estudo Temporada Black Friday do Google mostrou claramente essa mudança em nosso mercado.
4. A preparação começa muito, muito antes da Black Friday
Grandes varejistas começam o planejamento de suas ofertas, a negociar ofertas agressivas e exclusivas com os fabricantes já a partir de maio. Além de uma rigorosa estratégia comercial, entender quais ofertas utilizar, com qual nível de agressividade e quantidades envolvidas, é fundamental para o sucesso.
5. A operação bem-orquestrada em todos os canais é fundamental
Como sempre se diz, não adianta comprar e não receber… Como sempre digo, o que o consumidor quer que aconteça após clicar em “finalizar compra” é que a sua campainha toque e que seja o pedido que ele fez. Com os novos parâmetros de tempo de entrega (que de dias passaram a ser no seguinte e, às vezes, até em algumas horas!) deixar a equipe e processos azeitados é crucial. Uma boa operação reside em detalhes, que devem ser exaustivamente revistos pelos líderes.
6. Testar novos formatos e novos canais de venda para aproveitar o máximo do share of wallet nesse momento
Se você ainda não testou ou implementou novos conceitos, faça isso agora. Vendas por WhatsApp e Live Commerce, por exemplo, são alguns dos formatos que ganharam cada vez mais força e aumentaram a penetração no mix de canais.
7. Diferencie sua marca, torne a jornada do consumidor mais fácil e prazerosa para aumentar a conversão sem ter que responder a uma guerra de preços sem fim
Se a briga consistir exclusivamente no preço, as margens são corroídas de maneira perigosa. Então, analise a jornada do consumidor em seus canais. Comece se perguntando: meu processo de compra é fácil? O cliente não é induzido a algum erro? Eu ajudo meu cliente a decidir pela compra? Eu o ajudo a se sentir seguro e fechar o pedido sem nenhuma preocupação? O ideal é que a resposta seja sim a todos esses pontos. Isso indica que você está gerando preferência junto aos clientes e isso vai muito além do preço.
A Realidade Aumentada como ferramenta para facilitar a jornada do consumidor na Black Friday
Você já pensou em implementar a Realidade Aumentada (RA) em seus canais de venda? A solução permite que o cliente experimente o produto em sua própria casa (try before buy) e compre com toda a assertividade e segurança.
Ele consegue visualizar as dimensões do produto em tempo real e entender se elas são adequadas ao seu espaço ou se as cores ou estampas escolhidas irão combinar com a decoração.
Pesquisas mostram que 58% dos consumidores gostariam de utilizar Realidade Aumentada para comprar produtos para casa (móveis, produtos para a casa, mesa e banho, papel de parede etc.) e 63% gostariam de utilizar a Realidade Aumentada para ver e ter dimensão dos eletrodomésticos e eletrônicos que têm interesse em comprar (fonte pesquisa Facebook IQ de junho de 2021 que inclui o Brasil).
Hoje os projetos de RA aplicados na jornada do consumidor em qualquer um dos canais de venda ou de comunicação do varejo são fáceis, rápidos e acessíveis para serem implementados. Procure nossa equipe que vamos auxiliá-lo a converter mais e manter margens maiores, não somente na Black Friday mas durante todo o ano.